AS FRIALDADES DA MOR
Ao meu grande amigo Rubens Pellini...
Quando era ainda bem pequena, a morte
era para mim uma completa desconhecida.
Até que um dia do terceiro ano de escola
cruzei com ela na esquina da Santos Dumont com a Abaiara.
Um caminhão esmagou a cabeça de um homem.
Até hoje não sei qual a razão de ter ido ao enterro.
Talvez tenha sido o cemitério perto,
o inusitado dos fatos que levaram aquilo.
Não importa: fui e presenciei tudo.
Mais tarde a morte veio visitar a avó da minha vizinha.
A vó dela fazia um delicioso pudim de pão.
Deve ter sido isso que a trouxe a São Paulo.
A morte ficou por lá uns dois anos.
Um dia, como um lobo mau que leva Chapeuzinho Vermelho,
ela a tirou de nós de madrugada
e nunca mais teve pudim de pão gostoso.Um dia a morte resolveu visitar a minha mãe.Ela tinha um colo quente e a voz mais doce que eu ja escutei.A morte judiou dela um tempão, um dia cheguei da escola e não havia mais a voz doce.A morte venceu , silenciou a minha felicidade.Comprou briga comigo para sempre.Na adolescência, a morte foi lá no meu colégio.
Atrevida, pegou carona na moto dos garotos mais populares.
Ela e meus quatro amigos sumiram no caminho para Itu.
Em outras oportunidades, a morte esteve por perto,
de passagem.
Sempre a via tomando conta de acidentes pelas estradas.
Parecia polícia rodoviária.
Em um desses acidentes, ela olhava minha melhor amiga, que estava grávida,
e a levou de um carro na vespera do dias das mães.Covarde essa tal de morte .
Um dia a morte resolveu morar na minha casa .
Passou 3 anos lá, mas a gente se desentendeu de cara.Eu já a conhecia bem de perto...Era a hora da nossa briga...
Eu fui parar até em um hospital bem longe por causa da briga.
A morte não se abalou com isso. Eu muito menos,
e, quando se encheu de mim tratou de ir embora.E quando voltar vamos brigar feio de novo!Esses dias a morte passou pelo meu trabalho
e levou mais dois amigos meus com ela.
Com um deles ela se atracou por meses
e só largou com ele caído.
O outro foi de supetão.
Um golpe só quando ele foi a uma clínica.
Tenho certeza de que eles não queriam ir.
É abusada demais essa morte.
Um dia ainda me acerto com ela...
Quando era ainda bem pequena, a morte
era para mim uma completa desconhecida.
Até que um dia do terceiro ano de escola
cruzei com ela na esquina da Santos Dumont com a Abaiara.
Um caminhão esmagou a cabeça de um homem.
Até hoje não sei qual a razão de ter ido ao enterro.
Talvez tenha sido o cemitério perto,
o inusitado dos fatos que levaram aquilo.
Não importa: fui e presenciei tudo.
Mais tarde a morte veio visitar a avó da minha vizinha.
A vó dela fazia um delicioso pudim de pão.
Deve ter sido isso que a trouxe a São Paulo.
A morte ficou por lá uns dois anos.
Um dia, como um lobo mau que leva Chapeuzinho Vermelho,
ela a tirou de nós de madrugada
e nunca mais teve pudim de pão gostoso.Um dia a morte resolveu visitar a minha mãe.Ela tinha um colo quente e a voz mais doce que eu ja escutei.A morte judiou dela um tempão, um dia cheguei da escola e não havia mais a voz doce.A morte venceu , silenciou a minha felicidade.Comprou briga comigo para sempre.Na adolescência, a morte foi lá no meu colégio.
Atrevida, pegou carona na moto dos garotos mais populares.
Ela e meus quatro amigos sumiram no caminho para Itu.
Em outras oportunidades, a morte esteve por perto,
de passagem.
Sempre a via tomando conta de acidentes pelas estradas.
Parecia polícia rodoviária.
Em um desses acidentes, ela olhava minha melhor amiga, que estava grávida,
e a levou de um carro na vespera do dias das mães.Covarde essa tal de morte .
Um dia a morte resolveu morar na minha casa .
Passou 3 anos lá, mas a gente se desentendeu de cara.Eu já a conhecia bem de perto...Era a hora da nossa briga...
Eu fui parar até em um hospital bem longe por causa da briga.
A morte não se abalou com isso. Eu muito menos,
e, quando se encheu de mim tratou de ir embora.E quando voltar vamos brigar feio de novo!Esses dias a morte passou pelo meu trabalho
e levou mais dois amigos meus com ela.
Com um deles ela se atracou por meses
e só largou com ele caído.
O outro foi de supetão.
Um golpe só quando ele foi a uma clínica.
Tenho certeza de que eles não queriam ir.
É abusada demais essa morte.
Um dia ainda me acerto com ela...
Eu também quero um acerto com ela .
ResponderExcluirMaldita seja por nos causar tamanha dor .
Compartilho do seu sofrimento amiga .
Fique em paz.